sábado, 29 de setembro de 2012

http://www.livius.org/pan-paz/parmenides/parmenides.html
Por Rafael Oliveira

           Para Parmênides a aparência das coisas é o objeto da opinião, pois está em constante mudança, enquanto que a realidade, o verdadeiro SER é imutável. Parmênides diz que existem 3 vias: o Não Ser, que é nada, indivisível, impensável, incognoscível; o Ser, que é a totalidade do real,o conhecimento, o pensamento, e é uno; e a Opinião ou Doxa, que é o meio termo destes. Parmênides dizia que toda mudança era ilusória, só o que existe realmente é o ser, o não-ser não é, e o Doxa é resultado dos sentidos humanos, que levam as pessoas ao erro. 
       Parmênides afirmava que o devir, o fluxo dos contrários, é uma aparência, mera opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e lembranças. O devir é uma linguagem ilusória, não existe, é irreal, não é.  O que existe real e verdadeiramente é o que não muda nunca, o que não se torna oposto a si mesmo, mas permanece sempre idêntico a si mesmo, o Ser.
               Por isso os homens não podem pensar e dizer a verdade, o real. Somente o Ser pode ser pensado e dito, todas as outras coisas que pensamos, ao dizermos saem diferentes, pois são mutáveis, o Não Ser. Só por meio da razão o homem poderia descobrir a verdade. Ele dizia que as pessoas deveriam se afastar dos sentidos, pois assim seguiriam por um caminho ilusório, errôneo, e que nunca chegariam à verdade, sempre ficariam no nível das opiniões, do mundano. Pois nada é do jeito que vemos, pois nossos sentidos nos conduzem ao erro, a imagem de uma flor que chega ao nosso cérebro não é a verdadeira imagem da flor, pois nossos olhos são imperfeitos, só o Ser é perfeito. Aí está o contraponto entre pensar e perceber, uma vez que pensar é visualizar a realidade como ela realmente é, enquanto perceber é visualizar a aparência. Quando pensamos estamos contemplando o Ser, mas quando percebemos, estamos diante de uma multiplicidade, o Não Ser. 
            Concluindo, Parmênides dizia que o Ser, era uma “verdade esférica”, ou seja, sem começo e sem fim, sem dobras, sem quebras, indivisível, imutável, sempre idêntico a si mesmo, e consequentemente e infinitamente uno, e o Não Ser era simplesmente nada, porque ele não existia, pois se existisse seria.


* Texto retirado da primeira avaliação da disciplina Introdução à Filosofia.